À ESPERA DO SOL

O Mundo está em paz, para uma sexta-feira. O tempo coopera e promete muito sol no primeiro final de semana do mês das férias das crianças. Então, é esquecer a miséria das notícias dos dias correntes: mísseis no ar que podem chegar ao Japão ou mesmo ao paradisíaco Hawaii; o golpe dentro do golpe em Honduras; Gaddafi - o irmão de Lula; o mais do que suspeito corredor russo para o transporte de armas americanas para o Afeganistão; os terríveis comedores de florestas; o melancólico outono do patriarca do Maranhão, Amapá e PT. É muita melancolia em busca de uma boa notícia. De onde ela virá? Talvez eu comece a pensar em me tornar vegetariano, porque se me falta coragem para levantar a Clava Forte sobre as bestas, como posso ter a covardia de atentar contra a vida de um touro sem malícia ou de um peixe que prateia as escamas, o dorso, à luz da lua crescente? Bem, melhor mesmo é tentar mudar o mundo após o dia do sol. No sábado converso sobre as profundas amenidades do viver, ouço um bolero, um brega, um chacundum(?) e penso nas alegrias que uma geração viveu com as brincadeiras de roda de um menino triste. É isso! Tudo combinado, segunda baixamos a Clava e mudamos o mundo.


Estátua de crianças que dançam no quintal do Neverland Ranch