sexta-feira, 3 de julho de 2009

MAPINGUARI NA ESTAÇÃO

Aqueles que vão passar o primeiro final de semana de julho em Belém vão poder aproveitar o melhor da cultura paraense na orla da Estação das Docas. Nesta sexta-feira, a partir das 19 horas, o Grupo de Tradições Amazônicas Mapinguari se apresenta dentro da programação de julho do projeto Por-do-som, iniciativa da organização social Pará 2000, Secretaria de Estado de Cultura e Governo do Pará.

O grupo, criado em 2002 na Escola Aníbal Duarte, do bairro de São Brás, faz espetáculos que divulgam a cultura popular do estado por meio de músicas, danças e lendas da região. Formam o Mapinguari, 43 pessoas, entre elas 30 bailarinos e dez músicos. Na Estação, eles vão encenar o espetáculo “Belém, Pará, Amazônia é do Brasil”, escrito e coreografado por Valter Viégas.

Na apresentação que dura 80 minutos, eles vão contar a história do caboclo Bereco, que sonha em conhecer a grande cidade de Belém. É por meio das danças que mostram a miscigenação, as lendas e as religiões que ele faz essa interação com Belém. “Fazemos uma reflexão sobre o que estão fazendo com a nossa cultura. Falamos de valorização das manifestações e preservação da vida”, explica a coordenadora geral do grupo Mapinguari, Wilnélli Pinheiro.

Mais que dança folclórica, o Mapinguari é um grupo que procura mostrar as manifestações paraenses utilizando de elementos contemporâneos. Isso se dá por meio dos passos que ora preservam a sua maneira original, ora são misturados com movimentos mais recentes.

Para Wilnélli, essa é a melhor forma de se conservar as tradições. “O mundo está em eterna mudança, então, precisamos agregar novos elementos as manifestações tradicionais para que elas sejam sempre atrativas para o público”, afirma.

Por isso, os que forem à Estação não verão apenas carimbó e siriá. Vão poder observar esse ritmos aliados a outras danças do repertório como as do Ver-o-peso, do Tacaca, da Matinta Perera e do Uirapuru, criadas pelo próprio grupo.

Outro diferencial do Mapinguari é usar compositores regionais em seu repertório como Nilson Chaves, Alfredo Reis e Waldemar Henrique. Um dos destaques é a dança do Batuque, coreografia feita ao som do poema de Bruno de Menezes e musicado pelo grupo.

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