Dos 17 deputados federais do Pará que foram empossados hoje, em Brasília, um merece ser acompanhado pelas suas esboçadas propostas em favor da Amazônia. Trata-se do deputado Arnaldo Jordy (PPS), que assume, já, a vice-liderança do partido na câmara.
Começa pelo apoio ao candidato do PT à presidência da Casa, Marcos Maia, do Rio Grande do Sul. Embora não faça parte da base aliada de apoio ao governo de Dilma Rousseff, o PPS decidiu apoiar aquele que mais lhe parece comprometido com um parlamento responsável, contrariamente aos que se propõem a lutar apenas por emendas parlamentares, segundo Jordy.
O apoio a Maia também foi feito sob proposições, entre elas: valorização das lideranças partidárias, valorização dos trabalhos das comissões e condições para que as comissões criadas na câmara possam atuar em qualquer parte do território nacional.
Quanto às linhas que nortearão as ações de Jordy, destaques para a luta pelos direitos constitucionais, desenvolvimento que possibilite a diminuição das desigualdades regionais, apoio ao desenvolvimento tecnológico, respeito à dignidade humana, educação e saúde.
Amazônia
Arnaldo Jordy afirma que lutará com todas as armas que lhe cabe como deputado federal para que a Amazônia deixe de ser apenas o almoxarifado das regiões mais desenvolvidas do País. Se a região perdeu o ciclo de desenvolvimento industrial capitalista, mas mantém a mais abrangente biodiversidade do planeta. E isso é um ativo importante para a própria sobrevivência da raça humana na terra, o que merece uma compensação, tanto dos outros estados da União quanto de outros países, cobra o deputado.
Belo Monte
O deputado do PPS é radicalmente contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte na Volta Grande do Rio Xingu, primeiro pelo impacto ambiental que o mega empreendimento causará no município de Altamira, com conseqüências que podem afetar todo Pará, e depois pelos resultados sociais negativos. Antes mesmo de começar o trabalho de implantação da hidrelétrica, mais de 20 mil pessoas já acorreram a Altamira.
Na impossibilidade de barrar o empreendimento, Jordy diz que lutará para que o ICMS da energia elétrica seja pago ao local da geração e não ao destino consumidor, como é feito hoje. O imposto arrecadado poderá de alguma forma minorar os impactos causados pela obra e possibilitar investimentos para que a energia elétrica chegue aos lares amazônicos. O deputado vê como um absurdo o estado do Pará gerar mais de 5,5 milhões de megawatts e somente 25% da sua população ter acesso a essa energia.
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