prédios abandonados há mais de 20 anos na travessa Padre Eutíquio,  próximo ao shopping Pátio Belém, podem ser transformados em camelódromos. A proposta foi apresentada pela Associação dos Trabalhadores Informais do Centro Histórico de Belém, durante reunião realizada nesta segunda-feira(13), com cerca de 130 vendedores ambulantes e a participação do secretário municipal de Economia,João Amaral. 
A iniciativa, segundo o presidente da entidade, Heleno Freitas, partiu da necessidade da categoria de antecipar qualquer ação judicial que possa obrigar a Prefeitura Municipal, a retirá-los das ruas. “Nós não queremos que aconteça na Padre Eutíquio, o que ocorreu na avenida Presidente Vargas, em que todos, inclusive o governo foi pego de surpresa. Por isso solicitamos, em janeiro deste ano, a viabilidade do projeto, que já passou pela Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana de Belém (Codem) e agora está no gabinete do prefeito, diz o representante da entidade.
O projeto, de acordo com Heleno Freitas vai beneficiar em torno de 300 trabalhadores da Padre Eutíquio, no trecho entre a avenida Conselheiro Furtado e rua Manoel Barata. Com dois pavimentos, os casarões iriam abrigar no primeiro piso os trabalhadores de industrializados e miudezas em geral, enquanto que o segundo andar abrigaria o setor de alimentação, com lanches rápidos e comidas típicas.
As discussões em torno da aquisição dos dois prédios, segundo o secretário Municipal de Economia, João Amaral, já estão bem adiantadas. O governo estaria negociando os espaços para, futuramente, remanejar os trabalhadores em comum acordo com a categoria Questionado sobre a urgência do município em desocupar as calçadas do centro histórico da capital do Estado, em virtude do ofício do Ministério Público que recomenda a liberação da área em 60 dias, o secretario de Economia foi enfático ao afirmar que os trabalhadores serão remanejados á medida que as obras forem sendo concluídas, e que o prazo estipulado pelo MP não preocupa o poder municipal, porque sempre houve diálogo entre governo e as promotorias de justiça do Estado do Pará.
Amaral disse ainda que o município foi buscar a concepção mais moderna de shopping popular do país. Depois de algumas visitas aos modelos que hoje abrigam trabalhadores informais em várias capitais brasileiras, a PMB fez algumas adaptações para implantar o serviço em Belém. O Espaço Palmeira, cuja obra está em fase de finalização será o primeiro camelódromo do município. Ele receberá 379 trabalhadores informais e terá como garantia de fluxo de pessoas, lojas-âncoras, serviços municipais como os da Sefin, Secon, Ctbel, assim como casa lotérica, emissão de certificado de alistamento militar, entre outras atividades.
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