quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Gravidez de Alto Risco

A senhora Andréa da Silva Pinto, 28 anos de idade, está no oitavo mês de gestação do seu quarto filho. Nada anormal para quem mora aqui na Amazônia se o nascimento não fosse de alto risco para o bebê e para a mãe. Andréa Pinto não pode conceber de parto normal, e deve fazer cesariana como aconteceu nos três partos anteriores.

Por ocasião da terceira cesariana, há dois anos, realizada no Hospital Maternidade do Povo, a parturiente recebeu a informação de que também havia passado por uma laqueadura, sem que ela ou seus familiares houvessem autorizado. A família ficou em dúvida sobre a realização ou não do procedimento, mas não pode fazer um exame para saber o que havia acontecido por custar, à época, R$ 800,00. Resultado, um ano após o nascimento do terceiro filho ela voltou a engravidar.

Após confirmar a sua quarta gravidez, Andréa Pinto passou a fazer o pré-natal na Casa da Mulher, no bairro da Cidade Velha. Porém, o médico que a atende saiu de férias e não deixou nenhum encaminhamento para a realização do parto. Ele apenas a orientou que se começar a sentir as contrações procure a Santa Casa ou a Beneficente Portuguesa ou Hospital das Clínicas. Mas a informação que a gestante recebeu de técnicos de saúde da Casa da Mulher é de quem nenhum médico assumirá o risco de realizar uma quarta cesariana. Andréa Pinto, desesperada e sem saber o que fazer procurou ajuda do programa Bom dia Cidadão, da Liberal Rádio Globo.

O âncora do programa Santino Soares entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela Casa da Mulher, que verificou e comprovou a situação da paciente. A direção da Casa da Mulher comprometeu-se em fazer o encaminhamento de Andréa da Silva Pinto à Santa Casa de Misericórdia amanhã.

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